Os raios cósmicos, conhecidos como múons, viajam através de rochas ou outro material denso por centenas de metros e vão diminuindo sua velocidade e finalmente são absorvidos. A idéia é capturar tais partículas depois de terem passado por uma pirâmide e medir suas energias e trajetórias. Os pesquisadores podem, então, compilar uma imagem 3D que revela câmaras eventualmente ocultas. Três tipos de detectores de múons foram usados nesta pesquisa. Oitenta filmes à base de emulsão de prata, cujo período de exposição é de 40 dias, foram colocados dentro da pirâmide em sua câmara inferior cavada na rocha. Detectores eletrônicos de gás múon, basicamente telescópios apontados do lado de fora do lado nordeste do monumento, foi o segundo tipo. O terceiro, conhecido como cintilador eletrônico, foi construído especialmente para ser utilizado na pirâmide de Kéops e emprega plásticos cintilantes sensíveis aos múons. Tal detector foi colocado dentro da assim chamada câmara da rainha.

Nem todos os cientistas acreditam que haja, realmente, corredores ou câmaras escondidas. Talvez os resultados obtidos sejam apenas consequência do fato das pedras usadas na construção serem de tamanhos diferentes, o que criaria espaços entre elas por toda parte. A ilustração mostra as duas cavidades: uma acima da grande galeria e outra por trás da porta de entrada do monumento.